Dados gerais
Título
Entrevista com Nair Benedicto
Código da entrevista
C141
Entrevistados
Data da entrevista
11/04/2018
Resumo da entrevista
Em seu testemunho, a entrevistada falou sobre sua origem familiar e o início de seu envolvimento com a militância política motivada pelo efervescente contexto da Universidade de São Paulo, onde ingressou como aluna da Escola de Comunicações e Artes em 1966. Ao lado de seu então marido, Jacques Breyton, Nair vinculou-se ao setor de apoio da Ação Libertadora Nacional (ALN). Segundo informou, a casa da família serviu como abrigo aos companheiros e como aparelho clandestino para realizações de reuniões da cúpula. A respeito de sua prisão, ocorrida em setembro de 1969, Nair relatou que seu processo esteve ligado à queda dos dominicanos e à consequente execução de Carlos Marighella. No dia de sua prisão, realizada na porta da escola de seus filhos pelo delegado Sérgio Fleury, Nair foi conduzida ao Deops/SP juntamente com seu marido, sua mãe e seu filho de um ano de idade, além da babá da criança. Mantidos presos, Nair e Jacques, foram torturados em interrogatório e sofreram diversas ameaças. Após aproximadamente 40 dias, Nair foi transferida para o Presídio Tiradentes onde permaneceu por mais oito meses, até sua soltura em meados de julho de 1970. Sobre sua estada no Tiradentes, Nair relembrou os acordos de convivência criados entre as presas políticas e as chamadas presas comuns. Por fim, Nair refletiu sobre o poder da fotografia enquanto linguagem visual e documento histórico e seu papel nas décadas de 1970 e 1980.
Entrevistadores
Luiza Giandalia | Julia Gumieri
Duração (minutos)
152
Operador de câmera
Jamerson Lima
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
BENEDICTO, Nair. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Luiza Giandalia e Julia Gumieri em 11/04/2018.