Dados gerais
Título
Entrevista com Ricardo Frota de Albuquerque Maranhão
Código da entrevista
C117
Entrevistados
Data da entrevista
16/09/2016
Resumo da entrevista
Em seu testemunho, Ricardo relatou sobre sua trajetória de militância nos tempos da ditadura civil-militar no Brasil. Seu primeiro contato com a resistência se deu no início da década de 1960, em contato com o movimento operário. Vivendo em Santo André, integrou-se às atividades promovidas pelos Centros Populares de Cultura (CPCs) do Sindicato dos Metalúrgicos. Em 1964, ano em que se consolidou o golpe, Ricardo ingressou na USP como estudante de História e Ciências Sociais. Neste contexto, envolveu-se com o movimento estudantil e as formas de luta desempenhadas por este segmento. Ainda acerca deste período, falou sobre sua experiência de moradia e vivência política dentro do CRUSP, identificando-o como importante polo de resistência dentro do movimento. Inserido neste contexto, aproximou-se da Organização Revolucionária Marxista Política Operária (ORM-POLOP), que, segundo afirmou, possuía grande inserção no movimento estudantil da USP. Sofreu sua primeira prisão política no dia primeiro de janeiro de 1973, quando foi sequestrado por uma equipe do DOI-Codi/SP, acusado de prestar auxílio à perseguidos políticos que precisavam de passaportes falsos para sair do país. A respeito desta fase, relatou sobre o tratamento destinado aos presos políticos e a rotina na prisão. Após sair em liberdade, em fevereiro no mesmo ano, voltou a dar aulas e, gradativamente, foi se envolvendo com a Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo (OSM-SP). Este envolvimento provocou uma segunda prisão, efetuada desta vez pelo Deops/SP, em abril de 1974. Sobre sua atuação profissional, destacou sua participação como jornalista freelance no Jornal O Estado de São Paulo e no Jornal Folha de São Paulo, as aulas dadas no Cursinho do Grêmio e, mais tarde, no Colégio Equipe e em outras universidades paulistanas, ramo no qual permanece atuante.
Entrevistadores
Luiza Giandalia | Desirée Azevedo
Duração (minutos)
119
Operador de câmera
André Oliveira
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
MARANHÃO, Ricardo Frota de Albuquerque. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Luiza Giandalia e Desirée Azevedo em 16/09/2016.