Entrevista com Rita Maria de Miranda Sipahi
Título
Entrevista com Rita Maria de Miranda Sipahi
Código da entrevista
C020
Entrevistados
Data da entrevista
19/03/2013
Resumo da entrevista
A trajetória narrada por Rita Sipahi tem início no ano de 1962 em Fortaleza, época que cursava Direito na universidade. Ali, teve contato com o Movimento Estudantil, aderindo à Juventude Universitária Católica (JUC) e à recém-criada Ação Popular (AP). A partir de 1964, por questões ligadas à perseguição política, Rita e seu então marido Antônio Othon Pires, iniciaram um processo de mudanças por diversos estados brasileiros. A respeito dessa fase, narrou sobre a dificuldade de conseguir um emprego, sobre a instabilidade inerente a vida do militante e o medo iminente da prisão. Viveu em São Paulo instalada em aparelhos e quando a perseguição política se intensificou, Rita e seus filhos mudaram-se para o Rio de Janeiro onde, em 1971, foi presa pela OBAN e levada ao DOI-Codi/RJ. Logo foi transferida de volta a São Paulo e no DOI-Codi/SP teve as primeiras experiências de tortura, que se seguiram no Deops/SP, onde ficou presa por aproximadamente dez dias. Seu último destino foi o Presídio Tiradentes, onde viveu por onze meses. Nas passagens descritas por Rita, fica clara a diferença conjuntural do Presídio Tiradentes com relação ao DOI-Codi/SP e ao Deops/SP no que tange o tratamento dado aos presos políticos. Segundo avaliação da entrevistada, apesar da dura condição do confinamento, a ausência das torturas e a dinâmica estabelecida no Tiradentes, tornavam o dia a dia mais ameno. Por fim, contemplou o processo de ressignificação dado ao antigo Deops/SP pelo atual Memorial da Resistência e refletiu sobre a importância em se preservar os vestígios materiais para que sirvam de gatilho à memoria.
Entrevistadores
Kátia Felipini
Duração (minutos)
105
Operador de câmera
André Oliveira
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
SIPAHI, Rita Maria de Miranda. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Kátia Felipini em 19/03/2013.
Assuntos Temáticos
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