Dados gerais
Título
Entrevista com Silvetty Montilla
Código da entrevista
C226
Entrevistados
Data da entrevista
26/07/2024
Resumo da entrevista
O entrevistado inicia a entrevista relatando sua infância no bairro da Casa Verde, zona norte de São Paulo, e a relação de sua família com a política, a religião e o consumo cultural. Recorda sua entrada na banda marcial do Colégio Jardim São Paulo, onde tocou por dez anos. Relata que o processo de compreensão de sua homossexualidade ocorreu tardiamente, apenas aos 18 anos, e que, até então, suas poucas referências eram personagens de programas televisivos. Narra como conheceu os bares da rua Marquês de Itu e suas primeiras impressões desses espaços. Lembra do episódio em que foi presa e levada ao 3º Distrito Policial, após um operativo realizado pelo delegado José Wilson Richetti na entrada da boate Fabio’s, na Santa Cecília. Descreve como conciliou, durante quatro anos, o trabalho como auxiliar de promotoria no Ministério Público do Estado de São Paulo com o início de sua carreira na noite. Menciona as primeiras casas noturnas em que trabalhou: Fabio’s, Val Show, Nostro Mondo, Gent’s, Mad Queen, Prohibidu’s, A Loca, Tunnel, Bar Queen e Danger ,e narra a origem de seu nome artístico. Relata suas primeiras lembranças sobre a epidemia de HIV/Aids e a participação em eventos beneficentes, como o CariAIDS. Fala também sobre seu envolvimento na Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, sua trajetória no teatro e o processo de reconhecimento como comediante. Recorda ainda a experiência de concorrer a uma vaga de vereador em 2012. Finaliza refletindo sobre o espaço da arte transformista na noite paulistana contemporânea e sobre a importância de registrar suas memórias.
Entrevistadores
Marcos Tolentino, Angel Natan, Auora Maju
Duração (minutos)
121
Operador de câmera
Nael Souza
Local da entrevista
Memorial da Resistência
Como citar
Motilla,Silvetty. Entrevista sobre gênero, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo. Entrevista concedida a Marcos Tolentino, Angel Natan, Auora Maju, em 26/07/2024, por meio da parceria com o Acervo Bajubá.


