Largo General Osório, 66
Santa Ifigênia, São Paulo, SP
Telefone: 55 11 3335-5910
Entrada Gratuita
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças), das 10h às 18h
faleconosco@memorialdaresistenciasp.org.br

Conheça as propostas selecionadas pelo edital Memórias do Presente

Créditos: Central de Documentação Técnica da COHAB-SP

Em 2025, o edital Memórias do Presente: Comunicação em Direitos Humanos tem como tema “São Paulo negada: o (não) direito à cidade”. Nesta edição, tem como enfoque os projetos de comunicação digital que resgatem memórias de resistência e luta por moradia durante o regime militar.

Durante a Ditadura, São Paulo passou por um intenso processo de transformações da paisagem urbana, marcadas pela busca de uma modernidade que privilegiava obras de grande infraestrutura e de larga escala, que se tornaram símbolos do controle político.

Essas intervenções não foram pensadas para atender às necessidades da maioria da população, mas sim para consolidar um modelo excludente que reforçava a segregação espacial, deslocando as classes populares para áreas periféricas.

Para aprofundar a compreensão sobre os impactos da Ditadura no contexto urbano, o Memorial da Resistência divulga as propostas selecionadas:

Especial Balanço e Fúria — Entre a favela e o chão de fábrica: políticas de moradia e políticas de prazer da classe trabalhadora durante a ditadura militar

por Thaís Regina, Rodrigo Corrêa e Vanessa Mendes

Em um especial de três episódios de podcast publicado colaborativamente no podcast Balanço e Fúria, a proposta pretende abordar a remoção das favelas e o redesenho urbano de São Paulo pelo olhar dos trabalhadores e sua efervescente produção cultural, dentro e fora das fábricas, refletindo sobre modos de habitar a cidade e vínculos que se estendem a partir da moradia, dos bailes ao teatro. Através da história oral, consulta de arquivos e acervos comunitários, essa reportagem especial busca a história a contrapelo do urbanismo durante a ditadura militar.

Na Zona Leste, onde moram as mulheres negras? — implicações de classe, raça e gênero no acesso à moradia para três gerações de moradoras de conjuntos habitacionais da cidade de São Paulo

por Tatiane Natalino Sant’Ana e Joá Bitencourt 

Marta, Rosária e Fátima, mães de Raquel, Cláudia e Karla, respectivamente. Todas moradoras da Zona Leste de São Paulo, região que concentra o maior número de construções da COHAB. Em formato de podcast, a filha de Cláudia e neta de Rosária busca analisar os contextos micro e macropolíticos nas narrativas de vida de seis mulheres atravessadas pela ausência do direito à cidade, como consequência contemporânea intensificada pela ditadura militar brasileira.

Na esperança dos financiamentos e acessibilidades dos programas habitacionais municipais da cidade de São Paulo, uma delas herda, mas não acessa. Outra possui, mas não mantém e a última acessa e possui, mas vivencia nesse ambiente as mesmas opressões comuns à periferia. Todas elas, vivas e mortas, viveram o comum dia-a-dia de quem lá mora: insegurança, violência, exposição infantil ao tráfico, coação policial e a favelização vertical higienista. A quem e ao que servem os conjuntos habitacionais paulistanos?

Governo do Estado de SP

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