Encontro discutiu o papel da justiça de transição e sua importância para a construção permanente da democracia
Como parte do ciclo de debates dos Sábados Resistentes, este ano voltado aos Direitos Humanos e às várias temáticas que o permeiam, o Memorial da Resistência e o Núcleo de Preservação da Memória Política realizaram no dia 10 de abril seu segundo encontro com a proposta de abordar o combate à impunidade e a importância do conhecimento da Verdade, da Memória e da Justiça.
Uma das participantes do encontro, a desembargadora Inês Virgínia Prado Soares, apontou que a justiça de transição no Brasil é incompleta, sem a devida punição dos responsáveis e reparação aos perseguidos políticos e seus familiares. O professor Flávio Leão Bastos Pereira apresentou o caso alemão: em 2012, a Alemanha se debruçou na revisão de sua história com a consolidação do Relatório Rosenburg (Die Akte Rosenburg), mostrando que a luta pela justiça de transição é um percurso longo e complexo, e que seguimos no caminho de trilhá-lo.
Jornalista, professor e ex-preso político, Ivan Seixas também participou do encontro reforçando o papel que familiares de desaparecidos e perseguidos políticos tiveram em cobrar políticas e medidas efetivas voltadas à justiça de transição. Já a professora de história do Colégio Santa Maria, Sonia Brandão, compartilhou sua experiência com uma educação em direitos humanos. Junto com os alunos, realiza uma série de atividades durante o ano letivo para trazer o debate da democracia, da memória e da verdade para as salas de aula.
Assista ao encontro na íntegra: