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Entrada Gratuita
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças), das 10h às 18h
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Direitos humanos e resistência no sistema carcerário brasileiro

A violência prisional e as políticas públicas sobre a privação de liberdade foram temas do último Sábado Resistente

Realizado no dia 26 de junho, data que marca o Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, o Sábado Resistente do mês discutiu a realidade de violência e de exclusão social de grande parte dos mais de 700 mil presos no país, muitos deles vivendo em condições insalubres, de grande violência institucional e sem a devida assistência jurídica.

Durante o encontro foi apontada a responsabilidade do Estado em perpetuar, por meio de seu sistema prisional, legislativo e judiciário, o racismo, a violência e a injustiça ao garantir chancelas para arbitrariedades políticas, o policiamento ostensivo e a presença opressora da polícia em determinados territórios.

Marina Dias, diretora executiva do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), iniciou a discussão apresentando um trecho do documentário “Sem Pena”, filme que propõe uma discussão profunda sobre o funcionamento do sistema prisional brasileiro e as políticas punitivas. Rafael Godoi, doutor em sociologia e autor do livro “Fluxos em Cadeia”, apontou como seguem no país ações de tortura difusa e continuada (por serem estruturais e institucionalizadas) nas prisões, em parte devido ao nosso passado ditatorial e ao encarceramento massivo, em outra parte pela própria naturalização da violência. Fabio Pereira Campos Misael, membro da associação AMPARAR – Associação de familiares e amigos de presos/as, seguiu a discussão refletindo sobre o papel das prisões hoje e como elas funcionam como ferramentas para perpetuar desigualdades e desumanizar determinadas parcelas da população.

Assista ao encontro na íntegra aqui:


Governo do Estado de SP