Dados gerais
Nome completo
Nilton Rosa da Silva
Cronologia
1949-1973
Gênero
Masculino
Codinome
Bem-Bolado | Orelha | Bonito
Perfil histórico
Profissão
Perfil de Atuação
Assuntos: Organizações
União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas | Movimiento de Izquierda Revolucionaria
Biografia
Nilton Rosa da Silva nasceu em 1949, em Cachoeira do Sul (RS). Iniciou sua militância no movimento estudantil como secundarista em Porto Alegre (RS) no Colégio Júlio Castilhos. Conhecido pelos amigos como “Bem-Bolado”, “Orelha” ou “Bonito”, integrou a direção da União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas no biênio 1967/1968. Com o Ato Institucional nº 5, a União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) e o movimento estudantil ficaram à margem da legalidade, entretanto Nilton continuou a articular clandestinamente as mobilizações. Com o endurecimento da ditadura militar, em 1971, Nilton foi para o Chile, de onde continuou sua militância a partir de seu engajamento no Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR). Segundo relatos de companheiros de militância, Oscar Aguilera e Waldo Mermelstein, Nilton, no primeiro semestre de 1973, dedicou-se à poesia e ao teatro. Na esfera política, começou a temer pelos riscos de um regime fascista depor Salvador Allende, o que veio a acontecer. Fundou, em conjunto com outros colegas do Instituto Pedagógico, a revista Etcétera, onde publicou o livro Hombre da América, expondo, em forma de poesia, a sua visão internacionalista de nação. Em ação do MIR, ocupou um supermercado próximo ao campus universitário, em protesto à falsa alegação de escassez de alimentos. Morreu aos 24 anos, no dia 15 de junho de 1973 em Santiago, capital do Chile. No dia de sua morte, havia uma tensão muito grande com greves dos mineiros e caminhoneiros que tinham o apoio da Frente Nacionalista Patria Y Libertad. Essa Frente, de cunho fascista, havia ameaçado destruir o Comitê Central do Partido Socialista, o que fez com que, naquele dia, diversos militantes de esquerda fossem às ruas e se mobilizassem para protegê-lo. Nessa ocasião, Nilton dirigia-se à região próxima ao Palácio de La Moneda junto a outros estudantes articulados entorno da Frente de Estudantes Revolucionários (FER), quando foram cercados por integrantes do partido Nacional e da Democracia Cristã; Nilton foi baleado e morto. Segundo reportagem de 2013, do Jornal Sul 21, Nilton foi enterrado com honras públicas pela esquerda do país e sua morte antecedeu a primeira tentativa – dessa vez frustrada – de golpe de Estado no Chile, que ocorreu duas semanas depois do episódio e resultou, segundo o jornal, em um número aproximado de 22 mortos. Na reportagem se acentua, ainda, o silêncio por parte do governo Médici a respeito do assassinato de um brasileiro exilado, por grupos da extrema-direita no Chile.
Saída do país
Exilado