Raimundo Gonçalves de Figueiredo
Nome completo
Raimundo Gonçalves de Figueiredo
Cronologia
1939-1971
Gênero
Masculino
Codinome
Chico
Profissão
Perfil de Atuação
Assuntos: Organizações
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares | Ala Vermelha | Ação Popular | Juventude Operária Católica
Biografia
Nascido em Curvelo, Minas Gerais, Raimundo Gonçalves de Figueiredo era casado com Maria Regina Lobo Figueiredo, pai de duas filhas, era técnico em contabilidade e trabalhou no Banco Agrícola, em Sete Lagoas (MG). Nessa época, já era um jovem ativo politicamente, participando da Juventude Operária Católica (JOC). Tentou criar um sindicato, mas foi transferido a Belo Horizonte e depois despedido. Ingressou na Ação Popular, depois participou na Ala Vermelha, e, na sequência, militou na VAR-Palmares. Raimundo Gonçalves foi baleado na casa de Áurea Bezerra, no Alto da Balança, no bairro Sucupira, em Recife, por agentes policiais do Departamento de Ordem Política e Social de Pernambuco (DOPS/PE) e da Polícia Federal, sendo preso em 27 de abril de 1971. A versão apresentada sobre sua morte em tiroteio foi divulgada em 1º de julho de 1971, no Diário de Pernambuco. Tal versão foi desmentida por Arlindo Felipe da Silva, que, em depoimento à época da morte, relatou que “‘Chico’ não morreu reagindo à prisão, foi ferido e levado preso”. Há uma série de informações desencontradas que circundam o caso de Raimundo. Raimundo Gonçalves foi identificado como José Francisco Severo Ferreira ou Francisco José de Moura pelos órgãos oficiais em diversos documentos. O laudo necroscópico assinado por Antônio Victoriano da Costa e Nivaldo José Ribeiro atesta que José Francisco Severo morreu, em 28 de abril de 1971, em decorrência de “hemorragia interna, decorrente de transfixante de tórax, por projétil de arma de fogo”, havendo outros ferimentos à bala pelo corpo. José Francisco Severo foi enterrado, aparentemente, no cemitério de Santo Amaro. A identidade de José Francisco Severo foi confirmada como sendo de Raimundo Gonçalves em perícia dactiloscópica (exame de digitais) em julho do mesmo ano. Há ainda um mandado de prisão, de agosto de 1971, no qual consta que o Conselho Permanente da Justiça do Exército condenou Francisco José de Moura a dois anos e meio de reclusão e dez anos de suspensão de direitos políticos, sendo que sua morte por obra do Estado ocorrera quatro meses antes desta sentença.
Nome do familiar morto e/ou desaparecido
Maria Regina Lobo Leite de Figueiredo
Familiares
Assuntos Temáticos
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