Sabino Alves da Silva
Nome completo
Sabino Alves da Silva
Cronologia
? -1972
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Profissão
Biografia
As informações disponíveis acerca de Sabino foram obtidas nos depoimentos de Lauro Rodrigues dos Santos, sobrevivente do episódio que resultou em sua morte. Em entrevista anexada ao seu depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), Lauro afirma que Sabino era um “afilhado” de seu pai, Eduardo Rodrigues dos Santos, e que ele “morava com sua família”. Sabino consta no livro Direito à memória e à verdade como “empregado” de Eduardo Rodrigues dos Santos, pai de Lauro. Ainda segundo o depoente, a família de Sabino fugiu da região depois do episódio de sua morte, não havendo noticias dos mesmos depois de então. Em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Brasil pela desaparição de 62 pessoas na região do Araguaia no caso Gomes Lund e outros (“Guerrilha do Araguaia”) vs. Brasil. Sabino foi considerado pela Corte Interamericana como uma possível vítima desaparecida. Sabino Alves da Silva morreu em 17 de agosto de 1972, atingido pela explosão de uma granada abandonada pelo Exército na Região da Faveira, próximo ao município de São Raimundo do Araguaia, no estado do Pará. O artefato foi encontrado por Sabino na mata e entregue a Lauro Rodrigues que o acompanhava. Em depoimento prestado ao Ministério Público da União (MPU) em 2001, Lauro afirmou que tanto ele quanto Sabino desconheciam o objeto, detonado acidentalmente no manuseio. Sabino morreu na hora. Lauro Rodrigues sofreu graves ferimentos que resultariam na perda de sua mão esquerda. Afirmou ainda que foi levado por seu pai a Marabá para tratamento, acompanhado do corpo de Sabino, que segundo o depoente, foi enterrado nessa cidade.
Assuntos: Eventos
Assuntos Temáticos
DITADURA CIVIL - MILITAR NO BRASIL | HISTÓRIA DO BRASIL | MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS