Leitura pública da peça “O corpo que o rio levou”

O museu recebe o grupo de teatro LABTD – Laboratório de Técnica Dramática para a realização de leituras dramáticas das três peças que compõem o projeto Mural da Memória.

A primeira leitura é dedicada à peça O corpo que o rio levou, peça escrita e encenada com base nos relatórios da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Na peça, reúnem-se dois barbantes da pesquisa: No barbante amarelo, Elza, uma atriz em início de carreira, se preocupa apenas com o teste para um espetáculo chamado OFÉLICA LATINA. No entanto, seu marido, Abelardo, tesoureiro da Caixa Econômica, é repentinamente chamado a prestar depoimento numa delegacia, onde é torturado e assassinado.

Elza passa a procurá-lo, ao mesmo tempo em que se iniciam os ensaios, dirigidos por Andrew King, até que este sofre censura de um órgão do governo. Vivendo as consequências da violência política de seu tempo e sem saber como agir e resistir, Elza vive o conflito entre suas vontades individuais e o contexto histórico de sua época. No barbante verde, há cenas da tortura institucionalizada, inspiradas nos manuais de tortura das Forças Armadas nas décadas de 60 e 70.

Nelas, um locutor de rádio descreve, como num jogo de futebol, os interrogatórios aplicados pelos oficiais de então.

Inscrições a partir do dia 16 de abril.

FICHA TÉCNICA 

Texto: Ave Terrena 

Direção: Diego Moschkovich 

Elenco: Ave Terrena, Danna Lisboa, Diego Chilio, Diego Moschkovich, Jessica Marcele e Maria Emília Faganello.

Músicos em Cena: Felipe Pagliato e Gabriel Barbosa 

Direção de Produção: Igor Augustho I Pomeiro Gestão Cultural 

Realização: LABTD 

Este projeto foi contemplado pela 43ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura