Largo General Osório, 66
Santa Ifigênia, São Paulo, SP
Telefone: 55 11 3335-5910
Entrada Gratuita
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças), das 10h às 18h
faleconosco@memorialdaresistenciasp.org.br

Semana de Direitos Humanos e Democracia: Construindo um país mais humano

A semana acontece em ocasião do encerramento da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência, em cartaz até o dia 27

Visita do Movimento Negro Unificado (MNU) na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência.

Do dia 23 a 27 de agosto, o Memorial da Resistência promove em parceria com a Fundação Friedrich Ebert (FES) a Semana de Direitos Humanos e Democracia: Construindo um país mais humano, uma semana de reflexões, visitas e encontros, debatendo os caminhos para construir um futuro mais democrático e igualitário. A semana acontece em ocasião do encerramento da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência, em cartaz até o dia 27.

O Memorial da Resistência de São Paulo é, no país, o maior museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia, e tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação em direitos humanos a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro.

A partir da programação, o Memorial amplia o seu conceito de resistência, acolhendo múltiplas experiências, ouvindo diferentes vozes e construindo, em diálogo com a sociedade, respostas para a pergunta: o que é resistir no Brasil?

Confira a programação completa:

Visita mediada acessível em Libras na exposição de longa duração

23 de agosto | 10 horas | Exposição de longa duração (térreo)

Visita mediada acessível na exposição de longa duração do Memorial com grupo de pessoas surdas. Para potencializar a aprendizagem dos conteúdos, serão utilizados de materiais multissensoriais elaborados de acordo com as especificidades do grupo. A visita contará com tradução português/Libras.

Visita mediada acessível na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

24 de agosto | 14 horas | Exposição temporária (3º andar)

Visita mediada acessível na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência com grupo de pessoas com deficiência intelectual. Para potencializar a aprendizagem dos conteúdos, serão utilizados de materiais multissensoriais elaborados de acordo com as especificidades do grupo.

Cine Resistência: O Dia Que Durou 21 Anos e roda de conversa

24 de agosto | 14 horas | Auditório do Memorial da Resistência

O Memorial apresenta o documentário O dia que durou 21 anos (2013), com roteiro e direção de Camilo Tavares. Partindo de documentos secretos e gravações originais da época, o filme destaca a influência do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964, com especial atuação da CIA e da Casa Branca. Logo após a exibição do longa, será realizada uma Roda de Conversa com Aton Fon Filho, e com o diretor Camilo Tavares.

Convidados:

Aton Fon Filho: Diretor jurídico da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.

Camilo Tavares: Diretor e Roteirista, Camilo Tavares exibiu em TV aberta os filmes documentários de cunho socioambiental. Em 2011 ganhou o prêmio de finalização do Pac Secretaria de Cultura/SP que resultou no longa metragem documentário “O dia que durou 21 anos”.

Visita mediada na exposição de longa duração

25 de agosto | 15 horas | Exposição de longa duração (térreo)

Visita mediada pelos educadores do museu na exposição de longa duração, com abordagem fundamentada nos eixos temáticos como Direitos Humanos, patrmônio, resistência e repressão.

Visita mediada na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

25 de agosto | 16 horas | Exposição temporária (3º andar) 

Visita mediada pelos educadores do museu, com abordagem dos eixos temáticos da exposição. 

Uneafro convida: Jovens Promotores de Direitos Antidiscriminatórios – Experiências negras na Ditadura Civil-Militar

26 de agosto | 10h30 | Auditório do Memorial da Resistência (5º andar)

Palestra promovida pela Uneafro com foco na atuação dos movimentos negros na época da Ditadura Civil-Militar, décadas de 60, 70 e 80. O projeto Jovens Promotores de Direitos Antidiscriminatórios tem como objetivo potencializar 30 jovens de 15 a 29 anos engajados na Uneafro Brasil, para serem líderes na luta contra o racismo e na promoção da igualdade.

Convidada

Gabrielle Abreu: Historiadora formada pelo Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH/UFRJ) e Mestra em História Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada da mesma universidade (PPGHC/UFRJ). Atua como Coordenadora da área de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog. Desenvolve pesquisas voltadas para a reconstituição de trajetórias de indivíduos e coletivos negros outrora alijados das narrativas da historiografia clássica, especialmente no âmbito da História da ditadura militar brasileira. 

Coleta Pública de Testemunhos: Memórias do Futuro – Lésbicas e Negras

26 de agosto | 14 horas | Auditório do Memorial da Resistência (5º andar)

Em celebração ao mês da Visibilidade Lésbica, faremos uma Coleta Pública de Testemunhos com convidadas sobre lesbianidade e racialidade. A atividade é parte do programa Coleta Regular de Testemunhos, é uma ação permanente do Centro de Pesquisa e Referência do museu voltada à compreensão das experiências de resistência e repressão no estado de São Paulo, no contexto das ditaduras brasileiras. A atividade integra também a programação da Semana do Orgulho e Visibilidade Lésbica promovida pelo Museu da Diversidade Sexual e Sesc 24 de maio, em parceria com o Memorial da Resistência, Acervo Bajubá, Arquivo Lésbico Brasileiro, Cine Sapatão, Gaavah e Museu Judaico.

Convidadas:

Ariana Mara da Silva (mediação): Sapatão e pesquisadora do Acervo Bajubá. Doutoranda em História pelo Programa de Pós Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC (2020), Mestra em Estudos Interdisciplinares Sobre a Mulher pela Universidade Federal da Bahia – NEIM/UFBA (2019).

Lúcia Castro: Mulher negra lésbica, religiosa de matriz africana, jongueira, produtora cultural. Atua na defesa dos direitos humanos nos seguintes movimentos sociais: LGBTQIAP+, Cultura Popular, Movimento de Mulheres Negras e Movimento Negro. É fundadora do Coletivo Aos Brados!! A vivência digna da sexualidade” e do jornal “Aos Brados”. É uma das fundadoras da Parada LGBTQIAP+ de Campinas.

Mara Lucia da Silva: Socióloga formada na FESP-SP Fundação Escola de Sociologia e Política, tendo como tema de trabalho de conclusão a Lei 10.639/03. Participou do Bloco Afro Ilú Obá de Mim de 2005 a 2009, da criação do Bloco Kazungi, da Marcha Mundial das Mulheres, e da construção do 1ª Marcha de Mulheres Negras. Participa do Samba Negras em Marcha e é funcionária Pública Estadual na área da saúde.

Apresentação: Sarau das Pretas

27 de agosto | 14 horas | Exposição temporária (3º andar)

Sarau das Pretas é um sarau artístico-literário formado por Débora Garcia, Elizandra Souza, Amanda Telles, Lilian Rocha e Oluwa Seyi.

Tem por objetivo dar visibilidade às pautas das mulheres pretas na sociedade, abordando questões como feminismo, feminino, gênero, cultura preta e periférica, e principalmente, discutir a representação e representatividade na literatura e demais linguagens artísticas.

Com forte viés artístico, o sarau estrutura-se a partir de três linguagens: literatura, musicalidade e o corpo. Estabelece uma estrutura performática, realizando intervenções lítero-musicais pautadas em textos e músicas autorais. Aborda temáticas que envolvem as questões das mulheres pretas e sempre busca exaltar a vida e a obra de escritoras e artistas pretas, do Brasil e do mundo, precursoras e contemporâneas

Encerramento da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

27 de agosto | 15 horas | Exposição temporária (3º andar)

Roda de conversa aberta ao público para discutir a importância da luta antirracista, refletir sobre a memória documental dos movimentos negros e celebrar o sucesso da mostra ao longo dos seus mais de doze meses em cartaz.

Convidados:

Mário Medeiros (mediação):Docente na UNICAMP, possui graduação em Ciências Sociais (2003), mestrado em Sociologia (2006) e doutorado em Sociologia (2011) pela mesma Universidade. É Diretor Adjunto do Arquivo Edgar Leuenroth – AEL/Unicamp. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica, atuando sobretudo com as temáticas Pensamento Social Brasileiro, Literatura e Sociedade e Intelectuais Negros. Foi curador da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência, do Memorial da Resistência.

Abilio Ferreira: integrou o grupo Quilombhoje Literatura de 1984 a 1990, tendo também participado de sete dos 44 volumes da antologia anual Cadernos Negros. Autor de Fogo do olhar (Quilombhoje/Mazza, 1989) e Antes do carnaval (Selinunte, 1995), está entre os escritores cuja produção é estudada na antologia crítica Literatura e afro-descendência no Brasil (UFMG, 2011). Coautor e organizador de Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata (Idea, 2018), e mestrando no Programa de Pós-Graduação Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da FFLCH/USP, é fundador e coordenador geral do Instituto Tebas de Educação e Cultura.

Cibelle de Paula: Mestra em Educação (PUC-SP). Pedagoga, Historiadora com especialização em História da África e do Negro no Brasil, seu foco de pesquisa é danças negras e diáspora no contexto educativo. Professora da rede pública, formadora de educação antirracista, em 2018 recebeu o “Prêmio Professora Destaque” da SME-SP em 2018. Integra a coordenação do Naipe Dança do bloco Afro Ilú Obá de Min.

Suelen Girotte do Prado: Coordenadora do Centro de Documentação e Memória Institucional de Geledés. Historiadora, doutoranda em História Social (PUC/SP) e autora do livro: “Caminhos que levam a Geledés, narrativas de autonomia através da organização de mulheres negras em São Paulo”.

Alva Helena de Almeida: Mulher negra, ativista em defesa irrestrita do SUS público, de qualidade e sem racismo. Integrante da Articulação Nacional de Enfermagem Negra ANEN. Estou Presidenta da Soweto Organização Negra desde 2021, organização do movimento negro paulista, que estabelece articulações e parcerias com diversas entidades do movimento negro brasileiro, experiência que vem permitindo solidificar a minha consciência racial e contribuir para o registro da memória institucional. Sou Servidora pública aposentada. Bacharel em Enfermagem, Licenciada em Enfermagem. Mestre em Saúde Pública e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo.

Paulo César Ramos: Doutor em sociologia pela USP. Mestre e bacharel em sociologia pela UFSCar. Fez pós-doutorado na Universidade da Pensilvânia. Também é pesquisador do Núcleo Afro do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, onde coordna o Projeto Afro Memória; coordenador do Projeto Reconexão Periferias da Fundação Perseu Abramo e pesquisador do Núcleo de Justiça Racial e Direito da Fundação Getúlio Vargas. Tem por temas prioritários relações raciais, violência, movimentos sociais e políticas públicas. É autor do livro “‘Contrariando a estatística’: Genocídio, juventude negra e participação política”, entre outros artigos e capítulos de livros acadêmicos e de opinião em revistas, sites e jornais.

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