Dados gerais
Título
Entrevista com Beth Maison
Código da entrevista
C227
Entrevistados
Data da entrevista
31/07/2024
Resumo da entrevista
A entrevistada inicia seu relato contando sobre sua infância e a mudança do interior de Minas Gerais para São Bernardo do Campo e Diadema, após a morte do pai. Conta sobre as primeiras percepções sobre se sentir diferente até fazer as primeiras amizades com quem pôde se identificar. Conta sobre os primeiros episódios de violência que sofreu no bairro em que vivia e por parte de um de seus irmãos. Relata sobre sua saída de casa, aos 16 anos de idade, para morar em um terreiro de candomblé no bairro do Ipiranga, São Paulo. Conta alguns episódios de violência policial em São Bernardo do Campo. Relata sobre duas vezes em que ela foi levada para o Juizado de Menores. Conta sobre o dia-a-dia no terreiro de candomblé. Conta sobre a relação entre o pajubá e a linguagem dos terreiros. Conta sobre a mudança para Embu-Guaçu, zona sul de São Paulo, e como era o bairro. Relata sobre o carnaval em São Bernardo do Campo e sua participação em um baile de carnaval promovido pela Central Única de Metalúrgicos. Conta como começou a trabalhar como cabelereira. Relata sobre os lugares que frequentou na noite de São Paulo - Val Show’s, Homo Sapiens, Medieval – e o Sucessão, em São Bernardo do Campo. Conta sobre as travestis que vinham da Europa e o que elas compartilhavam sobre suas vidas lá. Conta sobre um namorado que ela conheceu na Prohibido’s, com quem se relacionou por três anos, até ele ser assassinado em uma tentativa de assalto ao seu salão de beleza, em Diadema. Conta alguns episódios que viveu com Cristiane Jordão, Andrea de Mayo e Eliane Thompson. Conta sobre sua prisão após sair da Prohibidu’s. Conta sobre as bombadeiras e a popularização do silicone industrial. Conta sobre a participação de travestis nas escolas de samba. Conta como faziam para ir ao Rio de Janeiro para o baile Gala Gay, no carnaval. Relata suas primeiras referências sobre a epidemia de HIV/AIDS. Conta sobre o ambulatório DiaTrans, em Diadema, ambulatório de saúde integral da população de travestis e transexuais. Conta sobre amigas que faleceram por complicações do HIV. Finaliza a entrevista refletindo sobre a importância de registrar sua história.
Entrevistadores
Marcos Tolentino, Angel Natan e Julia Gumieri
Duração (minutos)
126
Operador de câmera
Victor Bacilieri
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo
Como citar
MAISON, Beth. Entrevista sobre gênero, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo. Entrevista concedida a Marcos Tolentino, Angel Natan e Julia Gumieri, em 31/07/2024, por meio da parceria com o Acervo Bajubá.
Assuntos: Lugares
Boate Medieval | Boate Val Show | Boate Val Improviso | Boate Homo Sapiens | Boate Prohibidu's | Praça da República | Casa de Apoio Brenda Lee


