Dados gerais
Título
Entrevista com Mário de Passos Simas
Código da entrevista
C012
Entrevistados
Data da entrevista
11/10/2012
Resumo da entrevista
O entrevistado abordou sua trajetória profissional iniciada em 1958 quando trabalhava para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no setor de justiça comum, como responsável pelos processos ligados às causas de acidente do trabalho, moléstia profissional, doença do trabalho, habilitação de créditos e falência. Inserido, portanto, no contexto das lutas trabalhistas, acompanhou o desenrolar de diversos episódios de greves e piquetes que ocorriam dentro das fábricas e que eram repreendidos com violência policial, culminando em inúmeras prisões. Na condição de advogado, impetrou diversas vezes o habeas corpus, sendo assim obrigado a comparecer no Deops/SP, para onde eram trazidos os trabalhadores detidos. Em suas passagens pelo prédio do extinto Deops/SP, gravou em sua memória imagens do espaço físico e sua composição, que foram compartilhadas nesta entrevista. Após o decreto do Ato Institucional n.5 (AI-5), quando, entre outras medidas, é extinto o direito ao habeas corpus e impõe-se incomunicabilidade aos presos, o exercício profissional dos advogados da resistência torna-se cada vez mais insólito e com poucas bases legais para agir. Nesse sentido, Simas narrou casos que ilustram bem a forma como o Supremo Tribunal Militar (STM) agia em consonância com os centros de repressão e, a partir daí, citou alguns mecanismos adotados pelos advogados para tornar possível alguma forma de defesa. No ano de 1972, ao lado de Dom Paulo Evaristo Arns e outros indivíduos, fundou a Comissão de Justiça e Paz e atuou como advogado do Sindicato até 1975.
Entrevistadores
Kátia Felipini | Maurice Politi | Rodrigo Pezzonia
Duração (minutos)
158
Operador de câmera
André Oliveira
Local da entrevista
Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo/SP
Como citar
SIMAS, Mário Passos. Entrevista sobre militância, resistência e repressão durante a ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Kátia Felipini, Maurice Politi e Rodrigo Pezzonia em 11/10/2012.