De 7 de setembro de 2024 a 27 de julho de 2025
Classificação indicativa: Livre
A partir do dia 7 de setembro de 2024, o Memorial da Resistência, museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresenta a exposição Memória argentina para o mundo: o Centro Clandestino ESMA. A mostra é uma itinerância realizada pelo Museu Sítio de Memória ESMA — Ex-Centro Clandestino de Detenção, Tortura e Extermínio, em Buenos Aires (AR) e explora a história do edifício, desde a ocupação pelas Forças Armadas durante a última ditadura argentina (1976–1983) até seu reconhecimento como Patrimônio Mundial da UNESCO, em 2023. As violações de direitos humanos cometidas contra mulheres no período também são revisitadas a partir dos testemunhos das sobreviventes.
O lugar de memória, antiga sede da Escola Superior de Mecânica da Armada (ESMA), foi o maior centro clandestino da última ditadura civil-militar argentina (1976–1983), onde foram sequestradas, torturadas e dadas como desaparecidas no local cerca de 5 mil pessoas, entre militantes políticos, estudantes e artistas.
Com dois eixos principais divididos em 210m², a exposição apresenta a história do edifício junto a depoimentos com diferentes histórias de luta, lançando um olhar sobre o passado e conectando-o ao tempo presente e as reinvindicações por justiça, verdade e reparação.
O núcleo Patrimonio do Nunca Mais contém um vídeo institucional sobre a ESMA e seis painéis com textos e imagens que abordam a história do edifício. Já Ser mulheres na ESMA aborda as violências específicas a quais mulheres sofreram durante seus sequestros e detenções, como a maternidade durante a prisão, a solidariedade entre as presas e os caminhos adotadas para a recuperação física e psicológica das vítimas.
Também compõe o espaço expositivo uma ocupação com fotografias documentais do acervo Memoria Abierta, aliança de organizações argentinas de direitos humanos que promove a memória sobre as violações de direitos no passado recente, ações de resistência e lutas pela verdade e justiça, para refletir sobre o presente e fortalecer a democracia. A fim de apresentar ao público brasileiro a memória visual do período, a ocupação traz registros dos fotógrafos Daniel García, Eduardo Longoni e duas imagens sem autoria definida.
Materiais
Ficha Técnica
ITINERÂNCIA DA EXPOSIÇÃO
Memória argentina para o mundo: o Centro Clandestino ESMA
Projeto expositivo e conteúdo
Museu Sítio de Memória ESMA
Em diálogo com a equipe curatorial do Memorial da Resistência
Ana Pato
Carolina Faustini Junqueira
Projeto expográfico
Thereza Faria
Comunicação visual
Mariana Afonso
Ação Educativa e projeto de acessibilidade
Equipe do Programa Educativo
Produção
Lucas Ribeiro
Montagem
Cinestand Produções Artísticas
Audiovisual
MAXI Áudio Luz Imagem
Natanael Souza
Victor Baciliere
Assessoria de imprensa
Agência Jacarandá
Recursos de acessibilidade
Fundação Dorina Nowill para Cegos
Intra Libras
Revisão
Flávio Silva
Tradução
Otimiza Traduções
OCUPAÇÃO MEMORIA ABIERTA
Fotografias
Acervo Memoria Abierta
Daniel García
Eduardo Longoni
Realização
Associação Pinacoteca Arte e Cultura (APAC)
Agradecimentos
Carina Carrizo, Carla Fernandez, Celina Flores, Daniel Vides, Laura Gauna, María Eva Amieiro, Mauricio Cohen Salama, Mayki Gorosito, Nicolas Segui e Verónica Torras.