Dados gerais
Nome
Presídio do Barro Branco - Presídio da Polícia Militar Romão Gomes
Registro no Inventário
026-01.020
Cidade
Endereço
Av. Ten. Julio Prado Neves, 451, Vila Albertina.
Verbete
O Presídio Militar Romão Gomes é conhecido como Barro Branco. Foi criado com a função de recolher policiais militares que cometeram crimes, porém, durante a ditadura, uma de suas alas foi destinada a presos políticos condenados pela Justiça Militar. Entre os episódios de resistência, os presos do Barro Branco escreveram, em 1975, uma das mais contundentes iniciativas de denúncia das violências da ditadura. Batizado como "Bagulhão", o documento é subscrito por 35 presos e dirigido ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Nele, os presos relatam métodos e instrumentos de tortura empregados pela repressão; o nome de 233 torturadores; os abusos da Justiça Militar; e uma lista com nome de mortos e desaparecidos políticos. Em 22 de julho de 1979, os presos do Barro Branco integraram a mobilização pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, aderindo à greve de fome nacional dos presos políticos, que só foi interrompida quando o ditador Figueiredo assinou a Lei da Anistia em agosto de 1979.
Classificação
Contexto histórico
Ditadura Civil-Militar (1964-1985)
Usos e funções
Denúncias de violações de Direitos Humanos | Detenção de militantes políticos | Resistência de presos políticos
Lugares relacionados
Praça da Sé | Auditoria da Justiça Militar | Presídio Tiradentes
Autoria do verbete
Desirée Azevedo