Primeira edição do edital fomenta pesquisas e conteúdos jornalísticos voltados às memórias sobre a ditadura civil-militar nas periferias paulistas
Inaugurado em 2009, o Memorial da Resistência de São Paulo consolida seus 13 anos de história como a instituição de memória política mais importante do país, dedicada à valorização e à preservação das memórias da repressão e da resistência políticas no Brasil republicano, especialmente no período da ditadura civil-militar.
O edifício onde o museu está situado foi projetado por Ramos de Azevedo, nome por trás de outros muitos projetos icônicos da capital paulista, como o Theatro Municipal de São Paulo, o Palácio da Justiça e a Pinacoteca de São Paulo. Construído inicialmente como sede da Companhia Estrada de Ferro Sorocabana, tornou-se entre os anos 1940 e 1883 local da tortura, repressão e violência pelo Deops/SP, o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo.
Após a extinção da polícia política, o edifício teve muitos usos até receber o Memorial em 24 de janeiro de 2009, fruto de uma rara parceria entre a sociedade civil, na ação do Fórum dos ex-Presos e Perseguidos Políticos, junto ao Governo de São Paulo para a reinvindicação do espaço como um lugar de memória.
Reafirmando desde então seu compromisso pela defesa da cidadania, da democracia e dos direitos humanos, o Memorial da Resistência anuncia na data de seu aniversário o lançamento do edital Memórias do Presente: Comunicação em Direitos Humanos. Em sua primeira edição, a iniciativa tem como objetivo fomentar a produção de pesquisas e conteúdos jornalísticos voltados à preservação e à difusão das memórias sobre a ditadura civil-militar (1964-1985) nas periferias de cidades do Estado de São Paulo.
O edital completo, com as orientações e formulário de inscrição, será lançado a partir do dia 25 de janeiro e pode ser conferido aqui.
Saiba mais sobre a história do edifício assistindo ao filme em stop motion, clique aqui.