Em 1968, USP e Mackenzie estavam localizadas na Rua Maria Antônia, o que gerou uma série de conflitos
No último sábado, 2 de outubro, A Batalha da Maria Antônia completou 53 anos. O enfrentamento ocorreu após divergência sobre a organização e financiamento do Congresso da UNE (União Nacional do Estudantes) efetuado por alunos da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo). Conhecido por ser um reduto conservador e base de organizações paramilitares de extrema direita, como o Comando de Caça aos Comunistas (CCC), na época, alunos do Mackenzie iniciaram o ataque reivindicando o fim da produção do evento.
O conflito foi marcado por agressões, ataques com paus, pedras, coquetéis molotov, bombas, ácido sulfúrico, tiros, que por fim, culminou no incêndio a um carro do Deops, e ao prédio da USP, hoje Centro Universitário Maria Antônia, motivando sua transferência para a cidade universitária no Butantã.
Para além das perdas materiais, o ato terminou com inúmeros feridos e com a morte de José Carlos Guimarães, de 20 anos, morto com um tiro na cabeça, o disparado por um membro do CCC.
Presentes no Lugares da Memória, programa que visa a identificação e o inventário dos lugares da memória vinculados a eventos de resistência e de repressão políticas do estado de São Paulo, a Rua Maria Antônia, Mackenzie e FFLCH podem ser acessados por todos aqueles que querem conhecer mais sobre as instituições envolvidas nesse fato que marcou a história brasileira.