Antônio Guilherme Ribeiro Ribas

Biografia

Antonio Guilherme Ribeiro Ribas tornou-se presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), em 1967. Em 1968, foi detido pela primeira vez por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DEOPS), durante protestos do dia 07 de setembro contra o ditador Costa e Silva. Após 34 dias, Antonio foi solto por meio de habeas corpus e, em seguida, foi novamente detido durante o 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna (SP). Assim, foi condenado a cumprir pena de um ano e seis meses de prisão. Novamente liberado em abril de 1970 passou a viver na clandestinidade, enquanto militava pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Integrou a Guerrilha do Araguaia, da qual participou do Destacamento B, na região do rio Gamaleira. Segundo consta, Antonio Guilherme teria falecido em confronto com as forças de repressão, próximo da Grota do Nascimento, no âmbito da Operação Marajoara. Até hoje, seus restos mortais não foram encontrados e devolvidos à família. Em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Brasil pela desaparição de 62 pessoas na região do Araguaia no caso Gomes Lund e outros (“Guerrilha do Araguaia”) vs. Brasil, entre elas, Antonio.