Wilson Silva
Nome completo
Wilson Silva
Cronologia
1942-1974
Gênero
Masculino
Profissão
Perfil de Atuação
Assuntos: Organizações
Organização Revolucionária Marxista Política Operária | Ação Libertadora Nacional
Biografia
Nascido na cidade de São Paulo, Wilson Silva formou-se em Física pela Universidade de São Paulo (USP), especializando-se em processamento de dados. Trabalhava na empresa Servix. Entre 1967 e 1969, militou na Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop). Era casado com a professora universitária do Instituto de Química da USP, Ana Rosa Kucinski. Os dois eram militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN). Wilson Silva teve a sua atuação política ligada às questões operárias. Wilson Silva tinha 32 anos de idade quando, na companhia de sua esposa Ana Rosa Kucinski, foi preso por agentes da repressão, no dia 22 de abril de 1974, em São Paulo. Em fevereiro de 1975, o então ministro da justiça, Armando Falcão, tornou pública nota oficial, na qual os nomes de Wilson Silva e Ana Rosa Kucinski são citados como “terroristas foragidos”. Entretanto, no ano de 1993, quase duas décadas após a prisão de Wilson e Ana Rosa, o relatório da Marinha, encaminhado ao Ministério da Justiça, confirmou que Wilson havia sido “preso em São Paulo a 22 de abril de 1974, e dado como desaparecido desde então”. De acordo com depoimentos coletados pelas famílias de Wilson Silva e de Ana Rosa Kucinski, no dia 22 de abril de 1974, por volta do meio-dia, o casal havia marcado um almoço em um restaurante situado nas proximidades da Praça da República, no centro de São Paulo, desde então, o casal não voltou a ser visto. As famílias logo tomaram providências para tentar encontrar o casal. O advogado Aldo Lins e Silva impetrou habeas corpus em favor de Ana Rosa e Wilson, que foi negado com fundamento no AI-5. O então cardeal de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, também solicitou informações, em reunião com o chefe da Casa Civil do governo Geisel, o general Golbery do Couto e Silva, foi prometida intensa investigação por parte do governo. A família recebeu a última comunicação formal sobre o caso em 18 de dezembro de 1974 por meio da American Jewish Communitee e do American Jewish Congress afirmando que Ana Rosa estaria viva. Quanto a Wilson, disse que desconheciam o seu paradeiro. Em depoimento prestado à CNV no dia 30 de outubro de 2012, por Marival Chaves Dias do Canto, explicitou-se que Ana Rosa Kucinski e Wilson Silva foram levados à Casa da Morte ainda vivos e afirmou que Ana Rosa, Wilson e outros militantes da ALN foram presos após delação do agente infiltrado João Henrique Ferreira de Carvalho, o “Jota”. O ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo, Cláudio Guerra, por meio do livro Memórias de uma guerra suja, publicado em 2012, afirmou ter participado da incineração de corpos de presos políticos na Usina Cambahyba, em Campos (RJ), que pertencia ao ex-deputado federal e ex-vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Heli Ribeiro Gomes. Relata também que os corpos do casal estavam com marcas de tortura.
Ano(s) de prisão
1974
Cárceres
Nome do familiar morto e/ou desaparecido
Ana Rosa Kucinski
Familiares
Assuntos: Lugares
Assuntos Temáticos
ORGANIZAÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS > AÇÃO LIBERTADORA NACIONAL | DEPARTAMENTO DE ORDEM PÚBLICA E SOCIAL DE SÃO PAULO - DEOPS-SP > AGENTES | AGENTES DA REPRESSÃO | ORGANIZAÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS > AÇÃO LIBERTADORA NACIONAL > ALN | MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS > ANA ROSA KUCINSKI SILVA | UNIDADES DE DETENÇÃO E TORTURA > CASA DA MORTE DE PETRÓPOLIS | AGENTES DA REPRESSÃO > MANDANTES E EXECUTORES DE VIOLAÇÕES > CLAUDIO ANTONIO GUERRA | DEPARTAMENTO DE ORDEM PÚBLICA E SOCIAL DE SÃO PAULO - DEOPS-SP | DITADURA CIVIL - MILITAR NO BRASIL | ÓRGÃOS DE REPRESSÃO POLÍTICA > DOI/I EXÉRCITO | ÓRGÃOS DE REPRESSÃO POLÍTICA > DOI/II EXÉRCITO | HISTÓRIA DO BRASIL | AGENTES DA REPRESSÃO > MANDANTES E EXECUTORES DE VIOLAÇÕES > JOÃO HENRIQUE FERREIRA CARVALHO | JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO | AGENTES DA REPRESSÃO > MANDANTES E EXECUTORES DE VIOLAÇÕES | MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS | VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS > OCULTAÇÃO DE CADÁVERES | ORGANIZAÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS > ORGANIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA MARXISTA-POLÍTICA OPERÁRIA | ORGANIZAÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS | ÓRGÃOS DE REPRESSÃO POLÍTICA | ORGANIZAÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS > ORGANIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA MARXISTA-POLÍTICA OPERÁRIA > POLOP | AGENTES DA REPRESSÃO > MANDANTES E EXECUTORES DE VIOLAÇÕES > SÉRGIO FERNANDO PARANHOS FLEURY | UNIDADES DE DETENÇÃO E TORTURA