Dados gerais
Nome completo
Zoé Lucas de Brito Filho
Cronologia
1944-1972
Gênero
Masculino
Perfil histórico
Mortos e desaparecidos políticos | Perseguidos políticos | Presos políticos
Profissão
Perfil de Atuação
Movimento estudantil | Organizações de esquerda | Partidos políticos
Assuntos: Organizações
Ação Libertadora Nacional | Partido Comunista Brasileiro Revolucionário | Organizações estudantis universitárias
Biografia
Zoé Lucas nasceu em 1944 na cidade de São João do Sabugi, Rio Grande do Norte. Cursou Geografia na Universidade Federal de Pernambuco. Durante o tempo em que esteve na UFPE, participou do movimento estudantil, militou inicialmente no Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e a partir de dezembro de 1969 entrou para a Ação Libertadora Nacional (ALN). Foi detido em 31 de março de 1970 e liberado 11 meses depois. Devido a intensas perseguições e ameaças de morte, mudou-se para o Rio de Janeiro e posteriormente para São Paulo e resolveu sair do país com medo de ser preso novamente, mas foi morto antes, aos 28 anos. Zoé Lucas foi executado no dia 28 de junho de 1972, em São Paulo (SP). De acordo com a versão divulgada pelos órgãos da repressão, seu corpo foi encontrado pela polícia sobre os trilhos da estação de trem Tamanduateí. Segundo Edvaldo Valdir de Medeiros, última pessoa a falar com a vítima na noite do dia 27 de junho de 1972, Zoé havia saído de casa por volta das 11h30 em direção à Estação da Luz, de onde tomaria um trem com destino à Bolívia. Ele afirma que Zoé estava preocupado por estar sendo procurado e que em breve seria preso novamente, por isso iria fugir do país naquela noite. A certidão de óbito foi assinada pelo médico-legista Sérgio Belmiro Acquesta, conhecido por assinar laudos médicos falsos nos casos de morte de militantes políticos, a causa da morte oficial foi traumatismo crânio-encefálico. No IML, o corpo só foi liberado sob ordens expressas de manter o caixão lacrado. Durante o reconhecimento do corpo, Egídio Alves de Medeiros, primo de Zoé, diz ter percebido um afundamento na cabeça com sinais de pancada, e o braço fraturado. No velório, realizado na casa dos familiares, havia a presença de agentes policiais. Em pesquisa realizada no Arquivo Nacional foi possível confirmar a informação de que Zoé estava prestes a ser preso novamente, pois havia sido condenado pela 7ª Auditoria da RM a dois anos de reclusão por atuação na ALN.
Ano(s) de prisão
1970
Tempo total de encarceramento (aprox.)
11 meses