EDITAL
Memórias do Presente: Comunicação em Direitos Humanos
Edital dedicado ao fomento de pesquisas e conteúdos jornalísticos voltados à preservação e à difusão das memórias sobre a ditadura civil-militar (1964-1985).
Sobre
Voltado a pesquisadores, jornalistas, comunicadores e coletivos jornalísticos de todo o Brasil que atuam de forma independente, o edital Memórias do Presente: Comunicação em Direitos Humanos busca fomentar pesquisas e conteúdos jornalísticos que contribuam para a defesa dos direitos humanos e para a preservação das memórias sobre os períodos ditatoriais brasileiros, mediante publicação de uma reportagem especial no site e nas redes sociais do Memorial da Resistência de São Paulo. Na segunda edição, o edital traz como tema “Ditadura e Gênero” ao enfocar as memórias de resistência e repressão de mulheres – cisgêneros, transexuais e travestis – durante a ditadura civil-militar (1964-1985). INSCRIÇÕES ENCERRADAS.
Propostas selecionadas
Lesbianidade em tempos verde-oliva: políticas repressivas e sociabilidade lésbica
Proponente: Julia Kumpera
Voo de colibri em céu de urubu
Proponente: Nahayanna Sorgon Anholeto
Comissão de seleção
Amara Moira: Amara Moira é travesti, feminista, doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp e autora dos livros “E se eu fosse puta” (hoo editora, 2016), onde escreve sobre suas experiências como trabalhadora sexual, e “Neca + 20 Poemetos Travessos” (O Sexo da Palavra, 2021), onde reúne o seu monólogo em bajubá, a língua das travestis, e sua produção poética sobre vivências LGBTQIA+.
Nadine Nascimento: Formada em Jornalismo pela PUC-SP, é editora no veículo Alma Preta Jornalismo e tem experiência na produção de conteúdo especializado em política, movimentos sociais, direitos humanos, questões agrárias e ambientais. Trabalhou nos jornais Brasil de Fato e Le Monde Diplomatique, foi assessora de imprensa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e assessora parlamentar no gabinete da deputada estadual Erica Malunguinho.
Natalia Viana: Co-fundadora e diretora executiva da Agência Pública. É autora e co-autora de cinco livros: Plantados no Chão (Conrad, 2007), Jornal Movimento, uma Reportagem (Manifesto, 2010) e Habeas Corpus: Que Se Apresente o Corpo (Secretaria de Direitos Humanos, 2010) e o e-book O Bispo e Seus Tubarões, sobre o impeachment de Fernando Lugo no Paraguai (Agência Pública, 2013) e Dano Colateral, sobre o retorno dos militares à política (Objetiva, 2021). Como repórter e editora, venceu diversos prêmios de jornalismo, entre eles o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos (2005/2016/2020/2022), o prêmio Comunique-se (2016/2017), o Prêmio Trofeu Mulher Imprensa (2011/2013), prêmio Gabriel García Márquez (2016) e Ortega y Gasset (2020). Em 2016, foi a jornalista brasileira mais premiada. Em 2019, sua série Efeito Colateral, sobre civis mortos pelo Exército, foi finalista do prêmio Shining Light Award, da Rede Global de Jornalistas Investigativos.