Dados gerais
Nome
Largo do Paissandu
Registro no Inventário
176-13.019
Cidade
Endereço
Largo do Paissandu, s/n, Centro.
Verbete
O 13 de maio, data da assinatura da Lei Áurea de 1888, era oficialmente festejado no Largo do Paissandu, onde se encontra a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Em 1972, o então ditador Emilio Garrastazu Médici compareceu ao evento no intuito de celebrar a suposta harmonia racial vigente naqueles tempos. A teoria da democracia racial, embora anterior à ditadura, serviu ao projeto militar de construção de uma nação integrada, encerrando o debate público sobre a discriminação e a marginalização do negro. Em 1978, o contrapeso a essa teoria começou a ser articulado politicamente dentro da comunidade negra com a fundação do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial. O Movimento, que também passou a ocupar o Largo do Paissandu, convocava a população ao engajamento político, denunciando a violência policial contra a população negra e questionando o significado da celebração do 13 de maio. No Largo do Paissandu também estava localizado o Edifício Wilton Paes de Almeida, que foi sede da Polícia Federal entre os anos 1980 e 2000 e abrigou parte da equipe do Deops/SP e seus arquivos após a extinção do órgão. A documentação permaneceu na PF até 1991, quando foi transferida para o Arquivo Público do Estado de São Paulo.
Classificação
Contexto histórico
Ditadura Civil-Militar (1964-1985)
Usos e funções
Apoio à ditadura | Manifestação pública contra o regime | Movimento negro
Lugares relacionados
Autoria do verbete
Julia Gumieri