Largo General Osório, 66
Santa Ifigênia, São Paulo, SP
Telefone: 55 11 3335-5910
Entrada Gratuita
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças), das 10h às 18h
faleconosco@memorialdaresistenciasp.org.br


EXPOSIÇÕES

Arquivos LGBT+: resistência e repressão na ditadura

 Segunda a sexta (exceto às terças)

10 às 18 horas

 1º andar

  Entrada gratuita

O Centro de Pesquisa e Referência do Memorial da Resistência dedica este percurso curatorial a investigar as interseções entre autoritarismo e diversidade sexual e de gênero, reunindo memórias da repressão e da resistência LGBT+ durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985). 

A pesquisa parte de dois conjuntos do acervo do museu: a exposição Orgulho e Resistências: LGBT na Ditadura, em cartaz no Memorial entre outubro de 2020 e maio de 2021, e a coleção Memórias à Margem: ordem social e normatividades na ditadura, do Programa Coleta Regular de Testemunhos. Somam-se a esses materiais as contribuições do Acervo Bajubá, projeto comunitário dedicado à preservação das memórias LGBT+ no Brasil. 

Diante do Regime Militar, foram diversas as estratégias de luta e afirmação dessa população. Detenções em massa, conduzidas por figuras como o delegado José Wilson Richetti, tornaram-se práticas institucionais adotadas como política de segurança pública, direcionadas à repressão de grupos que destoavam dos padrões morais vigentes. As respostas surgiram por meio de denúncias e mobilizações articuladas por coletivos como o Grupo SOMOS de Afirmação Homossexual e o GALF – Grupo de Ação Lésbica Feminista. Panfletos, fotografias e documentos mostram como essas redes ocuparam as ruas, os encontros e os discursos em nome do direito de existir.  

A resistência também se manifestou nos espaços de sociabilidade e celebração. Pela primeira vez exibidas ao público, fotografias dos acervos pessoais de Divina Aloma e Kelly Cunha, somadas a matérias da imprensa, nos permitem vislumbrar as boates, os bailes e as festas onde corpos dissidentes festejaram suas identidades e fizeram da noite paulistana um território de liberdade. 

Apesar de décadas de redemocratização e avanços, o Brasil persiste como o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo — um dado que evidencia a urgência de ações que fortaleçam as lutas dessa população. Nesse espaço de fomento à pesquisa, o Memorial da Resistência se une às muitas vozes comprometidas com a preservação da memória LGBT+ e a defesa dos direitos humanos. 

Governo do Estado de SP

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