Dados gerais
Nome completo
Arnaldo Cardoso Rocha
Cronologia
1949-1973
Gênero
Masculino
Codinome
José Carmo Espinelli | Luiz Edmundo de Andrade | José Carlos Líbano | Giboia | Pedro Luiz Vitaker Vidigal
Perfil histórico
Mortos e desaparecidos políticos | Perseguidos políticos | Presos políticos
Profissão
Perfil de Atuação
Movimento estudantil | Organizações de esquerda | Partidos políticos
Assuntos: Organizações
Ação Libertadora Nacional | Corrente Revolucionária de Minas Gerais | Partido Comunista Brasileiro | Organizações estudantis secundaristas
Biografia
Arnaldo Cardoso Rocha nasceu em 28 de março de 1949, em Belo Horizonte (MG), e, incentivado pelo pai, ingressou muito jovem no Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ex-soldado do exército, trabalhou no colégio militar, na Pampulha. Não chegou a finalizar o segundo grau em decorrência do seu envolvimento com o movimento estudantil a partir do golpe de Estado de 1964 e, em 1969, passou a atuar na clandestinidade. Deixou o PCB no quadro de dissidências do período, formando em conjunto a outros jovens a Corrente Revolucionária de Minas Gerais, mais conhecida apenas por Corrente, que posteriormente se integrou à Ação Libertadora Nacional (ALN). Com o acirramento da repressão foi para o exterior, passando por Cuba e voltando rapidamente para o Brasil. Na volta, passou um tempo no Nordeste, tendo participado do assalto à Coletoria de Impostos de Bodocó, em Pernambuco. Em seguida, voltou para São Paulo em 14 de junho de 1972. Arnaldo Cardoso morreu no dia 15 de março de 1973 na cidade de São Paulo. Segundo a versão oficial divulgada no dia seguinte por diferentes jornais, Antônio Cardoso, Francisco Emmanuel e Francisco Seiko Okama foram vistos na rua Caquito, no bairro da Penha, São Paulo, por um carro da polícia que patrulhava a região. Ao receberem voz de prisão, teriam reagido com tiros. Dois deles teriam morrido no local, em frente ao número 247, e um conseguido fugir, mas foi morto perto do local, ao enfrentar a tiros outro grupo de policiais. O laudo de necropsia de Arnaldo descreve sete tiros, no entanto, o local de dois tiros levanta a possibilidade de execução das vítimas. Além disso, perícia do local não foi realizada, apesar da referência a um intenso tiroteio, e não foram localizadas fotos dos corpos dos militantes. Há indicativos, portanto, de que houve a intenção de executá-los, valendo acrescentar que, no parecer da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, foram registradas outras fragilidades da versão dos órgãos da repressão, entre elas, o fato de que os militantes teriam sido entregues ao Instituto Médico-Legal sem calças, que aponta que entre o tiroteio e a sua chegada ao IML passaram por algum lugar, provavelmente pelo DOI-CODI (de acordo com depoimentos à mesma comissão). O relator do caso na CEMDP, Luiz Francisco Carvalho, ainda acrescenta que, nas notícias de jornais, os três são identificados pelos seus codinomes, enquanto no registro do IML há o nome verdadeiro, o que leva a crer que os órgãos de segurança monitoravam e tinham todas as informações pertinentes sobre os três militantes. A família de Arnaldo Cardoso Rocha soube de sua morte pela televisão e na ocasião viajaram para São Paulo, conseguindo resgatar o seu corpo e enterrá-lo no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte.
Ano(s) de prisão
1973
Cárceres
Saída do país
Exilado