Dados gerais
Nome completo
Antônio Sérgio de Mattos
Cronologia
1948-1971
Gênero
Masculino
Codinome
Gilberto Souza de Almeida | Moreno
Perfil histórico
Mortos e desaparecidos políticos | Perseguidos políticos | Presos políticos
Profissão
Perfil de Atuação
Assuntos: Organizações
Ação Libertadora Nacional | Movimento de Ação Revolucionária | Associação de Auxílio aos Reclusos
Biografia
Antônio Sérgio de Mattos nasceu em 18 de fevereiro de 1948, no Rio de Janeiro. Ingressou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no curso de direito e iniciou sua militância no Movimento de Ação Revolucionária (MAR). Prestou assistência aos presos políticos na Associação de Auxílio aos Reclusos. A partir de 1969 entrou na clandestinidade, em decorrência do auxílio feito para a fuga de presos políticos da Penitenciária Lemos de Brito. Tornou-se dirigente regional da Ação Libertadora Nacional (ALN) em 1970, mudando-se para São Paulo. No dia 23 de setembro de 1971, na cidade de São Paulo, Antônio Sérgio, Manoel José Nunes Mendes Abreu, Ana Maria Nacinovic Corrêa e Eduardo Antônio da Fonseca, todos militantes da ALN, foram vítimas de uma emboscada engendrada pelos órgãos de segurança na rua João Moura, no bairro do Sumarezinho. Os órgãos da repressão colocaram na rua um jipe do Exército, aparentemente com problemas, estando os soldados parados à volta portando metralhadoras. Os agentes do DOI-CODI/SP ficaram escondidos em um caminhão baú do jornal Folha de S.Paulo. Da ação resultou a morte de três dos quatro militantes, incluindo Antônio Sérgio de Mattos. A versão oficial registrou que os três militantes morreram no local, ao tentar assaltar o jipe. As requisições de exame necroscópico ao IML foram assinadas pelo delegado do DOPS/SP, Alcides Cintra Bueno Filho, e os laudos necroscópicos pelos legistas Isaac Abramovitc e Antônio Valentini. Esses documentos já apresentam contradições em relação à versão oficial de morte tendo em vista a diferença de horário que teriam sido encontradas as vítimas. Além disso, o conjunto de evidências presente nos laudos permitem inferir que os três militantes tenham sido levados para algum local onde tenham sido submetidos à tortura. Antônio foi enterrado sem identificação no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na capital paulista. Em 1975, sua família conseguiu retirar seus restos mortais e transladá-los para o Rio de Janeiro, onde foi sepultado no sítio de seus pais em Macaé.
Ano(s) de prisão
1971